COMO USAR NOSSO MODELO PARA SE ADEQUAR ÀS NORMAS DA ABNT

COMO USAR NOSSO MODELO PARA SE ADEQUAR ÀS NORMAS DA ABNT

COMO USAR NOSSO MODELO PARA SE ADEQUAR ÀS NORMAS DA ABNT

Dias atrás publiquei um artigo sobre as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e disponibilizei um documento do Word com um modelo que pode facilitar muuuuito a escrita de um trabalho acadêmico. Quem já baixou deve ter percebido que ele é bastante autoexplicativo, mas vou escrever aqui sobre como usá-lo para quem não baixou ainda ver se pode ser útil.

O modelo tem a estrutura de uma dissertação ou tese, mas pode ser adaptado para fazer TCCs, trabalhos de disciplina ou artigos também. É só pegar as partes que servem para cada situação — no caso de artigo, é importante observar também se não há normas editoriais específicas do periódico para o qual vai enviá-lo.

O primeiro passo depois de baixar o arquivo é fazer uma cópia dele, de modo que possa reutilizar o modelo outras vezes no futuro. Depois é só ir digitando cada parte em seu lugar, por cima dos textos de preenchimento.

Vários dos elementos pré-textuais e pós-textuais são opcionais (dedicatória, agradecimentos, epígrafe, listas, apêndices, anexos), mas é importante ter cuidado ao apagá-los, pois há quebras de seção entre eles que ajudam a manter a formatação bonitinha. Use o botão ¶ ou Ctrl+Shift+8 no Word para visualizar essas quebras e procure não apagá-las (ou apagar as quebras certas) de modo a manter a formatação.

No sumário e nas listas, não precisa mexer enquanto seu trabalho não estiver completo. Quando estiver, é só clicar em cada um com o botão direito e selecionar “Atualizar Campo”.

O grande segredo do modelo (inclusive para o funcionamento automático do sumário) são os estilos do Word. Como já mencionei, se não sabe usar estilos, procure aprender, pois vão lhe poupar muito tempo e trabalho. No documento, há uma série deles com “ABNT” no nome. Eles contêm a formatação de acordo com ABNT para cada elemento do texto. Por exemplo, os parágrafos estão no estilo “ABNT_Corpo de texto”, os subtítulos em “ABNT_Título 1”, “ABNT_Título 2”, etc., e as citações com mais de três linhas em “ABNT_Citação”.

Por falar em citações, sempre que citar, já corra lá na seção Referências e registre a referência completa da obra citada. Acredite: deixar para fazer isso com todas no final não é uma boa ideia. Para ajudar, há modelos lá para os principais tipos de referência.

O documento também tem atalhos configurados para os principais estilos. Para aplicá-los em novos parágrafos que escrever, é só usar o atalho correspondente:

 

Você também pode notar algumas minúcias, como um estilo diferente de corpo de texto na linha em branco após cada título, que evita aquela coisa chata de um título ficar sozinho no final de uma página enquanto o texto cai para a página seguinte. Neste documento isso não acontece — desde que os estilos sejam preservados.

Também há exemplos de inserção de figura, quadro e tabela. Siga-os para inserir os seus, mas cuide de colocar a legenda com o título do elemento corretamente, clicando nele com o botão direito e selecionando “Inserir legenda…”. Com isso, o Word vai numerá-los em sequência e você poderá atualizar as listas e o sumário do início automaticamente, como explicado mais acima. Caso precise alterar a ordem deles, lembre-se de clicar com o botão direito no número do elemento na legenda e selecionar “Atualizar Campo”.

É isso! O resto é com você. Espero que este modelo o ajude a sentir o prazer que dá fazer um trabalho bem feito. Se gostar, compartilhe este post e deixe um comentário sobre o que achou mais útil. Se não gostar, deixe suas sugestões de como ele poderia ficar melhor. 😉 

DICAS PARA ENCONTRAR FONTES CONFIÁVEIS PESQUISANDO NO GOOGLE

DICAS PARA ENCONTRAR FONTES CONFIÁVEIS PESQUISANDO NO GOOGLE

DICAS PARA ENCONTRAR FONTES CONFIÁVEIS PESQUISANDO NO GOOGLE

Entrar na universidade é também entrar no mundo da ciência, da pesquisa séria. Enquanto até o ensino médio temos contato principalmente com o conhecimento assentado, consensual, consolidado há décadas, séculos ou até milênios, no ensino superior nos aproximamos de algumas fronteiras do conhecimento. Em muitos momentos na graduação e na pós, nossa tarefa é justamente estudar até onde vai o conhecimento humano sobre determinado assunto específico e encontrar uma maneira de investigar um ponto desconhecido para empurrar essas fronteiras um pouco adiante.

É para isso que servem os trabalhos de conclusão de curso, monografias, artigos, dissertações e teses que você escreve ao longo do curso universitário (além de ajudá-lo a se formar, tanto no sentido pessoal quanto no oficial). E pesquisar, portanto, é um dos verbos essenciais da vida acadêmica.

Nos anos 1970, Umberto Eco publicou um livro chamado Come si fa uma tesi di laurea, que foi lançado no Brasil com o título Como se faz uma tese, embora o sentido do título original esteja mais para “Como se faz um trabalho de conclusão de curso”. Nele, o famoso escritor, filósofo, semiólogo e linguista italiano dá orientações detalhadas para trilhar todo o percurso de produção de um trabalho acadêmico, desde a escolha do tema até a redação definitiva. É uma obra que ainda hoje vale a pena ler, mas algumas orientações ficaram bem datadas e ilustram, saborosamente, como o acesso ao conhecimento mudou no último meio século.

No capítulo sobre a pesquisa do material, por exemplo, Eco faz uma subseção chamada “Como usar a biblioteca”, incluindo a dica de “superar a timidez” e pedir ajuda ao bibliotecário, pois “(afora os casos de diretores muito ocupados e neuróticos) um diretor de biblioteca, principalmente se for pequena, se delicia em demonstrar duas coisas: a excelência de sua memória e de sua erudição e a riqueza da biblioteca que dirige” (ECO, 1977, p. 44). É claro que ainda hoje se usam bibliotecas e pode-se consultar o bibliotecário, mas é muito provável que você fará grande parte das suas pesquisas por meio da Internet (com maiúscula, aderindo ao argumento do Roney Belhassof no seu último artigo).

Sem dúvida, a Internet aumentou exponencialmente nossa capacidade de encontrar informações, mas há décadas Tio Ben nos ensina que grandes poderes trazem grandes responsabilidades, não é? No caso da Internet, diante de uma abundância tão pujante de informações, uma das principais responsabilidades do pesquisador é conseguir encontrar informação relevante e confiável. Se tratarmos o Google como um oráculo, ele é capaz de confirmar praticamente qualquer informação.

Mas o próprio Google tem recursos que permitem fazer pesquisas mais refinadas, de modo a encontrar fontes seguras e, consequentemente, informações mais confiáveis. Abaixo comento algumas dicas para aproveitar esses recursos.

Pesquisar no Google Livros

Na média, é esperado que no Google Livros se encontrem informações mais confiáveis que na pesquisa geral do Google. Ainda que meu pai já dissesse que “O papel tudo aceita”, certamente uma página da Internet aceita mais ainda. Pesquisando em livros, você encontrará informações que pelo menos passaram por algum filtro (revisor, editor, etc.) além da cabeça de quem escreveu.

No caso de livros antigos, em domínio público, é possível muitas vezes acessar obras completas que você não encontraria na biblioteca da sua universidade ou da sua cidade. E, mesmo que encontrasse, teria que folhear até encontrar a informação de que precisa, em vez de simplesmente clicar num link.

Em outros casos apenas uma parte do livro está disponível, mas pode ser que a informação de que você precisa esteja bem nessa parte. Mesmo que não estiver, ou que o livro todo esteja indisponível, o Google Livros pode ser um ponto de partida muito útil para a compra de livros ou a ida à biblioteca que o Umberto Eco orientava. É muito melhor comprar um livro ou ir procurá-lo na biblioteca se você já pesquisou e sabe que dentro dele está o que você procura.

Por falar nisso, além da caixa de busca do Google Livros, utilize a caixa de busca interna dos livros encontrados para pesquisar seu conteúdo.

Pesquisar no Google Acadêmico

Além de livros, é possível pesquisar apenas em artigos, trabalhos acadêmicos, jornais de universidades utilizando o Google Acadêmico. Um pouco mais escondido que o Google Livros, para acessá-lo é preciso ir até scholar.google.com (ou, é claro, pesquisar por Google Acadêmico… no Google).

No painel à esquerda dos resultados, há algumas opções interessantes, especialmente o filtro por período, que permite, por exemplo, se concentrar em artigos mais recentes, ou, pelo contrário, estudar fontes de um período específico do passado.

Usar recursos de pesquisa avançada

Simplesmente digitar palavras na caixa de busca do Google geralmente traz milhares ou milhões de resultados, mas muitas você não encontra o que precisa em meio à enxurrada de resultados ou encontra muitos sites em que não dá para confiar. Com algumas estratégias de refinamento das buscas, porém, é possível reduzir a quantidade e aumentar a qualidade e relevância dos resultados.

  • Pesquise por expressões exatas: digite as palavras entre aspas para que o Google mostre apenas sites contendo a expressão completa pesquisada e não sites contendo suas palavras isoladamente.
  • Direcione a busca para sites específicos, de fontes oficiais ou fidedignas, por exemplo:
  • Use a ferramenta de datação para buscar em fontes recentes ou de um período específico.

Pesquisa em outros idiomas

Muitas vezes as informações que você busca estão disponíveis na Internet em outros idiomas além do português. Mesmo estudos realizados por pesquisadores brasileiros ou de outros países não anglófonos com frequência são publicados em artigos em inglês, que acabou se tornando a língua franca da ciência na atualidade.

Por isso, é importante traduzir os termos da sua busca e pesquisá-los também em inglês ou no idioma de países em que a sua área é mais avançada.

Depois, se não dominar o idioma dos resultados encontrados, pode usar primeiro uma ferramenta de tradução automática, como o próprio Google Tradutor, para fazer uma primeira triagem e selecionar as fontes mais relevantes, e depois criar projetos de tradução na plataforma Win-Win, para conseguir uma tradução profissional para as referências que forem mais importantes para seus estudos.

Espero que essas dicas ajudem a melhorar suas pesquisas e dar um upgrade em seus estudos. Deixe um comentário contando qual vai ser mais útil no seu curso ou área de pesquisa e compartilhe o artigo com seus colegas para ajudar nas pesquisas deles também.

Bônus: Recentemente compartilhamos em nossa página no Facebook um artigo sobre outros sites úteis para pesquisa acadêmica além do Google. Confira lá.

Obra citada: ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo: Perspectiva, 1977.

5 CANAIS NO YOUTUBE PARA IR BEM NA UNIVERSIDADE (+ BÔNUS)

5 CANAIS NO YOUTUBE PARA IR BEM NA UNIVERSIDADE (+ BÔNUS)

5 CANAIS NO YOUTUBE PARA IR BEM NA UNIVERSIDADE (+ BÔNUS)

Quando eu tinha 11 anos, e lá se vão mais de 40 desde então, nem mesmo telefone havia em todas as casas, e televisão ainda era uma novidade para muita gente, que dirá a Internet!

No entanto, já se falava nela, e um dia olhei para a minha mãe e disse que, no futuro, todo o conhecimento humano estaria flutuando no ar e, por exemplo, nossas paredes poderiam ser telas que mostrariam as grandes pinturas de Monet e Van Gogh. Acho que foi por isso que acabei na psicóloga 

O que pouca gente imaginou é que a Internet se tornaria um verdadeiro mundo paralelo (e por isso escrevo com maiúscula como em Índia, Ibitipoca ou Islândia) tão vasto que seria difícil achar as melhores fontes de conhecimento.

Esse imenso mundo de informações nos permite alimentar nossa mente com diversas fontes, diversos vieses e abordagens, e bons vídeos são excelentes para isso!

Pensando nisso, organizamos este post com 5 ótimos canais no YouTube para quem está em um curso superior e descrevemos o que você encontrará em cada um deles. No final tem alguns bônus para quem está estudando para entrar na universidade, além de mais alguns canais interessantes.

Estudamos mais de 30 canais para elaborar esta lista e foi muito difícil destacar apenas cinco, então certamente faremos outros posts! E você, usa ou conhece algum outro canal para ajudar nos estudos? Se quiser sugerir canais pode deixar nos comentários!

Lembre-se de compartilhar este post aqui nas suas redes, porque quanto mais bem informados forem seus colegas, mais nós todos aprendemos juntos! É só clicar nos balões logo ali à esquerda!

Cinco canais para abrir sua mente e estender seus conhecimentos

1 – Listas da Universidade de Stanford:

Do futuro da energia e estudos de economia até matemática e anestesiologia, o canal oferece palestras e conteúdos bem completos.

2 – Veritasium:

A melhor forma de aprender ciências é percebendo que o mundo real não é tão óbvio quanto gostaríamos. Essa ideia é o fio condutor da maioria dos vídeos desse canal, que nasceu justamente do mestrado em ensino de ciências do criador.

3 – The RSA:

World-changing ideas at your fingertips” é a missão do canal. O foco é mais na análise da mente e do comportamento humano e nós sabemos como isso é importante para lidar com o amadurecimento que a carreira acadêmica exige!

4 – Seeker:

Biologia, medicina, física, tecnologia… O canal procura explorar as fronteiras da nossa ciência e tecnologia. Os vídeos estão bem organizados em listas.

5 – Nature:

Este é o canal oficial da revista científica. Os vídeos estão bem organizados em listas como Micro, Health, Astro e Technology. É uma boa fonte para ter uma visão preliminar de temas bem recentes.

Dicas

  • Sempre olhe os “Featured Channels” ou “Canais que curto” listados à direita da tela inicial do canal. Ali costuma haver bons canais também.
  • Muitas universidades têm ótimos canais.

Para quem está se decidindo…

  • Física e Afins: O canal é mantido por uma cientista brasileira da área de mecânica quântica atualmente pesquisando no Japão. O canal tem vários vídeos expondo pseudociências, mas o foco é mostrar o que é de fato ciência. Além disso, ela fez vários vídeos sobre a jornada acadêmica.
  • Peixe Babel: As duas apresentadoras são mestras em diferentes áreas de TI e abordam bastante os princípios de automação, aprendizado de máquina e inteligência artificial, entre outros, mas além disso o canal é ótimo para ter uma visão de como é a área de TI.

Para o ENEM

  • Nerdologia: Você provavelmente já conhece esse canal, mas ele não poderia deixar de estar aqui, pois é uma das fontes mais diversificadas de temas, indo de história e geografia até biologia e ciências exatas, em uma linguagem clara e divertida. Bom tanto para ter cultura geral quanto para pensar nas áreas que você acha mais interessantes e gostaria de estudar a fundo.
  • Vá ler um livro: Procure os especiais comentando as provas do ENEM. Além desses vídeos, muitos outros sobre as fases da literatura e análises literárias.
COMO USAR NOSSO MODELO PARA SE ADEQUAR ÀS NORMAS DA ABNT

AFINAL, O QUE É ABNT? (COM MODELO COMPLETO)

AFINAL, O QUE É ABNT? (COM MODELO COMPLETO)

Quando a gente entra na universidade, começa a ouvir falar muito em ABNT, “conforme a ABNT”, “nas normas da ABNT”… Mas afinal, quem é essa tal ABNT? É a Associação Brasileira de Normas Técnicas, fundada em 1940, que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, ou seja, que estabelece regras, diretrizes e especificações para materiais, produtos, processos, serviços. É inclusive membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização), a famosa ISO, da qual você também já deve ter ouvido falar.

Dependendo da área do seu curso, é possível que tenha ou venha a ter contato com diferentes normas específicas da ABNT, pois ela tem normas para tudo que você imaginar: sinalização ferroviária, rotulagem de produtos, experimentos no espaço, transporte de gado vivo, acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário, enfim, qualquer coisa. Mas as normas que é quase certo que todos terão de lidar alguma vez ao longo dos estudos são aquelas relacionadas à padronização de documentos, como projetos de pesquisa, relatórios e principalmente trabalhos acadêmicos (artigos, TCCs, teses, dissertações).

As mais relevantes para trabalhos acadêmicos são estas:

  • NBR 14724:2011 – Trabalhos acadêmicos
  • NBR 6022:2018 – Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica
  • NBR 10520:2001 – Apresentação de citações em documentos
  • NBR 6023:2018 – Referências
  • NBR 6024:2012 – Numeração progressiva das seções de um documento
  • NBR 6028:2003 – Resumo

Mas para que serve tudo isso? Precisava mesmo existir um órgão só para ficar elaborando normas para tudo? No geral, o estabelecimento e o registro de padrões são essenciais para o desenvolvimento tecnológico. Permite que cada inovação parta de um conhecimento anterior assentado, de modo que não se perca tempo “reinventando a roda”. Este é um conceito-chave da produção científica, inclusive: conhecer o estado da arte de um objeto de pesquisa para avançar o conhecimento. Nas palavras da própria ABNT neste ebook sobre a história da normalização no Brasil:

A normalização é tecnologia consolidada, que nos permite confiar e reproduzir infinitas vezes determinado procedimento, […] com mínimas possibilidades de errar […]. Elaborar uma norma técnica é compartilhar conhecimento, promover a competitividade, projetar a excelência e suas melhores consequências nos planos econômico, social e ambiental.

O trabalho humano se torna material por meio de procedimentos, regras, instruções, modelos, que podem ser repetidos, ensinados e aprendidos. Sem essa condição fundamental — a expressão do conhecimento em regras compreensíveis pelo outro — a civilização material não tem condições de se reproduzir. Ensinar e aprender a criar são atos que requerem uma linguagem comum.

Bonito, né?

Nos trabalhos acadêmicos, a padronização é importante para trazer previsibilidade: saber onde encontrar o quê. Por exemplo, você sabe que todo artigo vai ter um resumo acompanhado de palavras-chave, que nas referências bibliográficas vai (ou deveria) encontrar as informações necessárias para chegar aos livros e outros materiais em que o autor se baseou, que nas legendas das imagens vai ver de onde ela foi tirada, e assim por diante. Seria difícil ter essa previsibilidade se cada um escrevesse esse tipo texto da maneira que quisesse.

Certo, parece importante mesmo…, mas ainda assim muita gente acha extremamente chato e perde muito tempo depois de escrever um trabalho para adequá-lo às normas da ABNT — ou paga por esse serviço. De fato, fazer isso depois do texto pronto pode ser muito trabalhoso, mas se você já fizer direito desde o começo, utilizando um bom modelo e alguns recursos do Word (especialmente estilos de formatação), pode ficar muito mais fácil e até ajudá-lo na escrita, como expliquei num artigo anterior.

Existem muitos modelos disponíveis na internet que dizem atender às normas da ABNT, mas para você, querido leitor do blog, eu quis preparar um especial, que, além de ter a formatação correta conforme as normas atualizadas, também fosse autoexplicativo e fácil de usar.

Clique abaixo para fazer o download e aproveite. Depois deixe um comentário com o que achou ou sugestões de melhoria.

COMO TRABALHAR COM SEU TEXTO COMO UM TODO.

COMO TRABALHAR COM SEU TEXTO COMO UM TODO.

COMO TRABALHAR COM SEU TEXTO COMO UM TODO.

Num artigo anterior, comentei que, ao escrever qualquer texto, especialmente acadêmico, é importante pensar nele como um todo, visualizar sua estrutura e saber aonde quer chegar. Depois de fazer um primeiro esboço dessa estrutura da forma que expliquei lá (especialmente aplicando corretamente os estilos dos títulos e subtítulos), existem várias maneiras de navegar com facilidade por ela conforme seu texto for crescendo.

Painel de Navegação
Esta é provavelmente a melhor maneira de ir de uma seção a outra do seu texto. É só clicar no menu Exibir do Word e marcar a opção Painel de Navegação. Se os estilos dos títulos e subtítulos estiverem aplicados corretamente, qualquer seção do seu texto estará a um clique de distância.
Caixa de pesquisa
O Painel de Navegação tem um caixa de pesquisa, que você também pode acionar com o comando Control + L no Word. Ali você pode buscar por palavras ou expressões no texto e ir facilmente até os pontos em que elas aparecem.
Sumário
Estilos bem utilizados também facilitam muito a criação do sumário do seu texto. Basta clicar em Referências > Sumário no Word, selecionar o modelo desejado et voilà. Pois é, simples assim! Não precisa ficar copiando os títulos das seções um a um e preenchendo de espaços ou pontos para colocar o número da página no fim da linha…
E não precisa se preocupar em editar o sumário conforme o texto for mudando. É só clicar nele com o botão direito e selecionar “Atualizar campo”. Sim, talvez você esteja pensando o que digo há alguns anos:
Mas, pessoalmente, acho mais prático deixar para fazer o sumário quando o trabalho estiver pronto. Durante a escrita, para dominar a estrutura do texto, é mais fácil usar o Painel de Navegação.
Teclas de atalho
Além das setas e das teclas PageUp e PageDown, há alguns atalhos de teclado que facilitam bastante a navegação pelo texto:
  • Control + setas para o lado para andar pelo parágrafo pulando de palavra em palavra,
  • Control + setas para cima e para baixo para andar pelo texto de parágrafo em parágrafo,
  • Home/End para ir para o início/final da linha,
  • Control + Home/End para ir para o início/final do documento,
  • F5 para ir direto para a página que quiser.
Não ficar travado
Dominar esses recursos e trabalhar com o texto como um todo também ajudam a evitar aquela situação de ficar “travado”, sem conseguir avançar na escrita. Muitas vezes não conseguimos prosseguir no ponto em que estamos, mas o tempo todo temos ideias do que temos de dizer em outros pontos. Trabalhando com a estrutura montada e sabendo navegar facilmente pelo documento, você pode escrever conforme as ideias vêm, mesmo que seja numa seção mais adiante, formulando o texto, se já conseguir, ou apenas fazendo anotações para saber o que desenvolver quando chegar lá.
Num artigo futuro vou juntar mais algumas dicas para não ficar travado durante a escrita. Por enquanto, bom trabalho e até a próxima!
COMO COMEÇAR A ESCREVER SEU TRABALHO ACADÊMICO! (COM MODELO GRÁTIS)

COMO COMEÇAR A ESCREVER SEU TRABALHO ACADÊMICO! (COM MODELO GRÁTIS)

COMO COMEÇAR A ESCREVER SEU TRABALHO ACADÊMICO! (COM MODELO GRÁTIS)

Uma das principais noções a ter em mente para começar a escrever um bom texto em qualquer área é a de que ele constitui um todo que precisa ser coerente e ter uma coesão interna que mostre essa coerência. Ao escrever um texto acadêmico, seja uma monografia, um artigo, um TCC, uma dissertação, uma tese, isso é essencial. Para além da dica básica, frequentemente repetida, de que o texto deve ter começo, meio e fim, é preciso que essas partes estejam ligadas uma à outra de maneira lógica.
Nem sempre é fácil escrever com isso em mente o tempo todo, especialmente quando se trata de uma produção mais longa, que leve dias, semanas, meses, e muitos estudantes vão escrevendo conforme as ideias vêm, sem cuidar da organização coerente do texto. Não há problema em escrever conforme as ideias vêm, como vou comentar num próximo texto, mas essas ideias têm de se encaixar e se organizar numa estrutura lógica.
Neste texto e no próximo vou dar algumas dicas práticas para escrever visualizando seu texto como um todo coerente. São dicas práticas mesmo, de metodologia, não de língua portuguesa ou redação, que você pode encontrar em outros lugares — e também são importantes.
Monte a estrutura do seu texto
Antes de começar a escrever, ou o quanto antes se já tiver começado, defina a estrutura do seu texto, pensando no que pretende dizer, em que ordem e aonde quer chegar. Se ainda não consegue prever tudo isso, lembre-se da estrutura básica de um texto — começo, meio e fim, ou introdução, desenvolvimento e conclusão — e esquematize-o a partir disso em seções e subseções, aplicando os estilos Título 1, Título 2, Título 3, etc. no Word ou no editor de texto que estiver usando. Se não souber usar estilos, separe alguns minutos para aprender, pois eles vão lhe poupar muito tempo e trabalho ao longo da escrita.
Feito isso, você terá algo assim:
É só um exemplo, e a numeração é opcional, embora ajude bastante a enxergar a estrutura lógica. Se já tiver ideias para os títulos dos capítulos, pode utilizá-las, mas o mais importante agora é visualizar a sequência, então valem anotações descritivas como “Resumo do que foi feito”. Estas também não precisam ser realmente seções e subseções do seu texto final. A introdução, por exemplo, pode no final ser um texto corrido sem subdivisões (geralmente é), mas durante a escrita as subseções ajudam muito — “Dividir para conquistar”.
Agora é “só” ir escrevendo o texto de cada seção. E a grande sacada: vá fazendo anotações nas outras seções para “amarrá-las”. Por exemplo, enquanto estiver discutindo a Teoria 1 na seção 1.1.1, você pode anotar em 1.2 algo como “Comentar que minha proposta se distingue do que foi feito pelo Teórico 1 em X, Y e Z” e, na Conclusão, algo como “Enfatizar que meu trabalho complementou os achados do Teórico 1”. Ou, quando estiver descrevendo os resultados em 2.2 e mencionar algo que não foi possível concluir com sua pesquisa, já pode anotar uma sugestão de pesquisa futura em 3.3.
Para ficar mais prática a navegação pelas seções e subseções, clique no menu Exibir do Word e ative o Painel de Navegação. Com ele você pode passar de uma seção a outra com um clique, mesmo que uma esteja na página 10 e a outra na 87.
Se quiser, pode clicar antes de cada seção principal e inserir uma quebra de página (Control + Enter). Assim, cada uma vai se iniciar sempre numa página nova. O texto fica mais arejado e você pode sentir uma motivação a mais olhando como o número de páginas do seu trabalho já aumentou… 😊

Pronto! Mãos à obra e até o próximo artigo!

Se quiser usar o modelo acima para começar a escrever seu texto, clique a seguir para baixá-lo gratuitamente. E continue acompanhando nosso blogue: em breve prepararemos um modelo completo com as normas da ABNT.

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